terça-feira, 17 de junho de 2014

Valei-me
Mais pelo que fiz
pelo que fui.

pela lembrança
do que não tinha alcance
se quiser não pense
antes.

Improvável,
construí.
Não lutei
mas por aparencia
venci.

Vali,
valendo muito mais
mas não fui capaz.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014



Esse céu estrelado não é nada mais que seu olhar na minha noite escura, todo esse embalo não não deixa de ser as ondas entre os nossos corpos, e todos esses sorrisos não são apenas semblantes de um amor tão grande, guardados em molduras coloridas com fotos em preto e branco.

Bastou uma carta em cima da escrivaninha pra me deixar impenetrável por dias.

Foi só um toque que meu coração disparou. Inerte. Aqueles livros me deixavam louca só de pensar neles pela manhã, só de pegar o teu peso para carregar a mochila, só de abri-los durante a aula... Respira fundo que vai dar certo, guria. 
Na mesma noite, eu achei que fosse explodir. A minha cabeça parecia uma sala com brinquedos de criança que haviam saído dali a pouco tempo. Sim, uma bagunça. 
A dias eu não consigo mais enunciar um sorriso nesse rosto... Só está tudo começando de novo. 
Sem medo e ao mesmo tempo, sem tempo. Como se estivesse acenando pro nada, espanto as nuvens de pensamentos que se formam em volta da minha cabeça nesse momento que se torna rude até o ato de respirar.

Confusão. Barulho "na lata". Um brilho de ideia também se espalha no olhar.
Talvez eu tenha resolvido jogar fora esse tal amar? Não... Não dá pra jogar fora um saber, não dá pra evitar disseminar. Se não era o que eu queria, por que eu fiz?
Como eu vou conseguir, sem tentar?
Foi aquilo que um dia ensinou meu mestre das palavras, dos anseios: se aparecesse um gênio, quais seriam os teus desejos?

Tudo isso se passou em uma fração de segundo que parecia eterno. O tempo é relativo demais quando se é interno. Interno na mente, interno da loucura. Será que um dia eu encontro algo pra ser a cura?
Mesmo feita de sol
Me faltam os raios que iluminam
A minha mente
Quando me perco no escuro do meu próprio olhar
Que ilumina tantos caminhos...

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Estava lá sentada
Apenas com aquela mente vazia,
desvairada.
Olhava pela janela do vidro tão transparente
Tão aprisionada
Observava aqueles belos raios de sol
Que iluminavam a infinita selva de pedra.

A única coisa que corria naquela caixa vazia
Eram as inúmeras perguntas
Que queriam chegar a mesma resposta.

Por quanto tempo
Essa luz iluminará
O mesmo dia?