sexta-feira, 28 de outubro de 2011

E aquelas noites que eu me pegava olhando no teu olho, que brilhava tão sinceramente naquela noite tão escura, olhando pra mim também afagando meu cabelo, tentando fazer eu dormir depois de toda a chateação do começo daquela noite. Seu olhar me dizia tanta coisa que agora eu tento entender. Tanta coisa que ainda ficou por aqui. Eu to precisando, to precisando muito de você aqui de novo, do teu abraço, da tua voz como era sempre, com as palavras certas pra me deixar calma. Do seu jeito de me colocar pra dormir no seu colo quando eu não parava de chorar. 
Ainda dá pra sentir teu cheiro nos meus casacos, em muitas coisas suas que ainda estão por aqui. Dá pra ouvir sua voz a noite, na hora que eu estava aflita, e você me dizia "fica calma que vai passar" passando a mão nas minhas costas. 
E tudo isso, eu guardo pra mim e sinto a maior falta do mundo, do aconchego que eu tinha antes, e não tenho mais, por nada nesse mundo, nada é capaz de substituir.
Eu rir como eu ria antes, quando estava contigo e tu contava tias piadinhas sem graças, mas te ver sorrindo das bobagens era tão... Magnifico. Seu sorriso expandia uma luz que, brilhava em mim me trazendo uma sensação tão boa. 
Tá um vazio tão grande pela casa, sem você correndo atras de mim pra me bater e jogar no sofá, ficar me sufocando, falando que eu to de castigo, me mordendo, e dizendo aquele monte de bobagem pra me rir, até ficar sem ar. 
E todas as vezes que você me devolvia o ar, depois da raiva, depois de te bater porque você deixava eu descontar, e mesmo com dó, batia mesmo, depois enchia de beijinho pra sarar, igual você fazia quando eu era pequena e até esses dias, de quando eu caia, ou me machucava até emocionalmente. Tudo isso faz tanta falta. Passar as noites recitando os poemas mais chulos que já vimos em toda a vida, inventando musica, fazendo comida, acordar tarde no dia seguinte e dormir junto no mesmo sofá, que você fazia caber os dois, mesmo que quando estava calor, só pra ficar mexendo no meu cabelo e conseguir dormir, me fazendo também. Me enrolando com as tuas historias de briga, falando um monte pra mim quando eu fazia alguma coisa errada... Falta você aqui...

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Algumas coisas pra você... (2)


“E que todas as vezes que minhas lágrimas queriam escorrer e tu logo ia impedir pedindo pra eu não chorar e parar de falar bobagem, me dizendo que eu ainda vou ficar muito tempo aqui pra te encher o saco. Mas está chegando ao fim, eu sei… Não sou mais o mesmo, não vou mais suportar as mesmas coisas. Só por você, acho que ainda aguentei mais cinco anos nessa vida. Só por você eu pensava e levantar todo dia, ir trabalhar, te buscar na escola, fazer teu almoço, passar a tarde contigo no escritorio… Fim de semanas perdidos, na praia com frio. Garrafas e mais garrafas de vinho já foram bebidas todo esse tempo. Desenhos e mais desenhos eu já fiz no teu corpo, e cada um deles vai ser a tua futura tatuagem. Tatuada por mim, ou não, quem sabe em um futuro próximo, eu não esteja mais aqui. Coisa que eu não iria querer, só pra poder te tirar do sério, bagunçar teu cabelo, e ir te abraçar tão forte até tu ficar ser ar. Te pegar no colo e te girar, girar até tu pedir chega dizendo que vai vomitar tudo em mim (risos)… Espero tanto poder ver tu virar a grande médica tatuada que tu vai ser. Quero tanto te dar os parabens por cada conquista, além dessas todas de agora… Mas está tão perto pra mim… O fim.” (…)
Felipe Salles. 

Algumas coisas pra você...


(…)”Mas meu amor por ti é igual as quatro estações, tu sabes muito bem. É igual ao verão quando o amor é quente demais, é fogoso demais e queremos sempre a boa companhia. É igual a primavera, quando floresce, sempre algo a mais, deixando mais bonito assim como eu sorriso a cada manhã da minha vida desde que tu nasceu. É como o outono, quando as folhas caem, as flores somem, mas o calorzinho ainda está e eu sei que ainda te amo mais que tudo. É igual ao inverno quando tudo fica frio, mas você está ali pra me aquecer, cuidar de mi quando estou doente, sem amor. É o amor mais lindo que já vi na minha vida. É uma mistura de amor de pai, com amor de irmão, amor de namorado e amor de amigo, mas amigo dos melhores, de todos que eu já vi. Minha pequena, você já esteve tão mais fragil em meus braços, e agora até tu cuida de mim em momentos apertados, quando eu quero chorar e não consigo, que basta tu chegar com seu abraço, teu perfume e teu ombro tão macio pra eu deixar minhas lágrimas rolarem. Eu sei que não vou durar mais muito tempo aqui, e por isso queria te dizer que tudo isso valeu a pena demais, e não importa aonde eu esteja, vou estar olhando você, cuidando de você, como eu sempre fiz e como prometi. E teus olhos… É o que mas me faz doer o coração quando estão cheios de angustia e lágrimas, quando tem tristeza em teu olhar. Eu vou querer ainda, fazer de tudo pra ver o sorriso que mais iluminou a minha vida. Por muito mais tempo. Saiba que eu amo a ti, minha Vi. Incondicionalmente. Obrigado por sempre estar aqui… “

Felipe Salles. 
Pra que falar de amor. Como falar, seria a pergunta. Aquele que você acha que acaba, mas ele só deu um cochilada ali dentro de você. Não acaba nunca. Só adormece, se guarda. Trazendo à tona a saudade...
Impossível de evitar, apenas acontece. 

Dias sem fim.

Dia 1 
Chegar em casa cansada das condições. Despir-se do fardo de más ideias, abrir o chuveiro e deixar fluir. 
A água escorre pelo corpo, levando abaixo todos os ideais, tudo de ti pro ralo. Deixando aquela sensação de vazio. 
Dormir. Sonhos em preto e branco, sem nenhum sentido. Se ver correndo pela tua mente e sempre chegando em um lugar, nenhuma saída, ninguém. 
Esperar encher-se na manhã seguinte. 




Dia 2 
Abrir o guarda roupa e encontrar o que havia perdido há tempos. Palavras desconexas emf rases mal entendidas, mal elaboradas, deixadas pra trás por falta de compreensão. 
Vazio mais complexo. 
No café a mesma ladainha. Das cosias deixadas pra trás a dias...


Um ciclo sem fim. Com um começo desconhecido, a primeira gota da chuva que ninguém sabe aonde caiu. Sem encantos. Apenas uma trilha para o fundo do poço, dentro de você mesmo. 
Deixa jorrar abaixo a  cachoeira
dos teus
sentimentos .
Deixa espatifar abaixo junto com a pureza que restou em ti. 
Acabou? Não. 
Agora deixa fluir na correnteza dos rios que te levam a outros caminhos, e escolha o teu. Se for errado, volte a nascente, você sempre pode voltar. Você pode escolher errar o caminho e novo, por pura diversão em sofrimento. Mas deixa que a correnteza sabe aonde chegar. Deixa decidir por si só. Se não quiser mais, não reme, deixe levar até acabar em uma nova cachoeira e todas as dores descerem novamente junto com você. Sem mais sofrimento.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Eu jurei não chorar mais, mas eu chorei. Chorei até as lágrimas secarem. Até elas partirem sem rumo pelo meu rosto encharcado por outros rastros que elas já haviam feito. Chorei até não sentir mais dor, mas essa dor não cessa. Vela infinita que queima dentro de ti próprio. Nenhum sopro pode apagar.