segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Outro capítulo desconhecido de uma memória desarranjada.

"Porque já estava noite e você estava deitado ali comigo. Nós assistíamos o lado de fora da casa pela janela do quarto e pela parte do teto de vidro que estava sob nós.
As nuvens não estavam no céu. Aliás, não tinha nada lá além da brisa fria que fazia você me abraçar e me trazer pra perto do teu corpo quente e... Mas cadê as estrelas pra assistir essa cena maravilhosa que nem algum Deus existente poderia pensar em desenhar em algum papiro qualquer? A lua estava ali a vigiar e parecia olhar orgulhosa aquilo que por anos ela tanto viu eu aclamar pela janela do quarto, como se ela fosse uma amiga a estar sempre ali pra ouvir as palavras cheias de graça que saiam estupidamente da minha boca.
Eu parei de pensar em tudo aquilo e quando eu olhei pra você... Eu percebi que meu céu estava ali. O balanço dos teus cabelos eram as minhas nuvens que se moviam com o vento. E teus olhos, ah, os teus olhos... Pareciam que todas as estrelas se encontravam ali. em constelações. Talvez fosse por isso que nenhuma estava disposta ao céu. Eu não precisava de mais nada além daquilo que eu contemplava ali na minha frente. De tão perfeito, parecia irreal."

Nenhum comentário:

Postar um comentário